
Talvez o céu tenha nuvens vermelhas, a lua esteja fininha e eu já terei também outra leva de sentimentos, nos meus fatais altos e baixos, mas! Deus meu. Como é que se é feliz? Pois não aguento mais a solidão neste mundo de Carlos Drummond de Andrade, ora! não sou linda.
Mas quando estou cheia de esperança, então de minha pessoa se irradia algo que talvez se possa chamar de beleza, há um grande silêncio dentro de mim. E esse silêncio tem sido a fonte de minhas palavras.
Tenho profunda antipatia por mim. O que farei de mim? Quase nada.
O mundo falhou para mim, eu falhei para o mundo,portanto não quero mais amar...
Mas sei que hoje é um grito! Um grito! de cansaço. Estou cansada!
Só peço uma coisa: na hora de morrer eu queria ter uma pessoa amada por mim ao meu lado para segurar a mão. Então não terei medo. é que também de repente me vieram então perguntas terríveis: quem sou eu? como sou? o que ser? quem sou realmente? e eu sou?
E muitas disseram: "Seja você mesma."
A coisa se esclarece sozinha com o tempo: assim como num copo d'água, uma vez depositado no fundo o que quer que seja, a água fica clara.
Aliás, tenho me convivido muito ultimamente e descobri com surpresa que sou suportável, às vezes até agradável de ser, no entanto, já estou de algum modo presa à terra: sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser...
Como você me fez sentir útil ao dizer-me que sua capacidade intensa de amar ainda se fortaleceu mais. O preço é muito alto, o preço é muito caro, e eu estou cansada. Sempre paguei e de repente não quero mais.
Eu às vezes tenho a sensação de que estou procurando às cegas uma coisa; eu quero continuar, eu me sinto. obrigada a continuar.
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